segunda-feira, 15 de outubro de 2007

[ E o Pierrot apaixonado chora...]

Engraçado, para não dizer deprimente, quantas vezes eu já chorei pelo que não tinham importância, quantos tornados eu já fiz em copos por coisas que eram tão importantes, que hoje eu nem me lembro mais.
Quantas vezes já não fui Combina e me deixei ser levada por Arlequim, chorei por muito eu não tinha valor, mesmo sabendo que não passava de paixão passageira. Só gostaria (ou talvez não) de saber quantos amores verdadeiros eu perdi, nesses momentos de paixão avassaladora que se escorreram como água quando tentamos segurá-la entre as mãos.
Novamente eu perdi algo (ou melhor alguém), mas sabe, hoje eu não sou Columbina. Descobrir como dói ver quem realmente se ama partir, sem nada poder fazer para impedir isso.
Descobri como é ser Pierrot, o pobre coitado, que assistiu sua amada partir e nada se pode fazer além de chorar, só que dessa vez eu não estava ludibrianod a mim mesma com paixões, dessa vez valia a pena chorar.
Mas agora chegou a hora de levantar a cabeça e enxugar as lagrimas sofridas que escorrem de meu peito. A “minha columbina” fez sua escolha, e eu não posso mudar isso, só me resta continuar a viver a minha vidinha de sempre, quem sabe, um dia quando ele se der conta de que perdeu um amor verdadeiro, não volte? Mas ai pode ser tarde, e coração dessa Pierrot já pode estar cicatrizado,e certamente, não sagrara duas vezes...
Bem, nossos caminhos, acho, se separam por definitivo aqui, eu continuo seguindo o meu, mesmo não sabendo para onde ele vai me levar, e espero, sinceramente, que os seus sejam iluminados. Só não esqueça, um dia você teve um Pierrot que muito te amou.

Ps.:eu divido que venhas a ler isso, mas de qualquer forma, acho que você não ficaria bem em um vestido de festa cor de rosa, mas tudo bem...
Ps2.: e o Pierrot, chora; Pierrot , chora;Pierrot, Pierrot.
Ps3.: sabe não custa aos meus poucos ou inexistentes leitores comentar sabe...

Um comentário:

Lobo disse...

Ah, o velho Pierrot, em sua incomensurável e infindável tristeza como és belo. Belo, triste, sereno em suas próprias dores. Um momento de Pierrot... Momento eterno, às vezes ligeiro como um bater de asas, Às vezes infindável como a sede no deserto, mas sempre eterno... Não uma eternitude temporal, mas emocional.

Todos nós temos nossos momentos de Pierrot. Arrisco-me a dizer até que eles são maiores em número que o momento Colombina, dama ingrata, amada, inalcançavel...

É a sina dos que amam, mas amar é dom de poucos, na verdade. E junto à esse dom vem a valorosa habilidade de levantar a cabeça e dar um basta às lágrimas.

Pois o Pierrot não deve jamais borrar sua maquiagem. Outros carnavais virão, outras colombinas fatalmente hão de vir, até que um dia a bela tristeza do Pierrot venha a se perder na beleza inefável e insuperável de um sorriso...

Primeira vez que visito o seu blog, primeiro comentário de muitos, espero.

Arcanjo