sexta-feira, 29 de agosto de 2008



Hoje eu vou encostar a cabeça no travesseiro e entregar meus sonhos pra você, meu bem.
Faça um bom proveito, cuide deles com carinho, tenha cuidado e os mantenha na temperatura ideal, eles são perecíveis.
Vão durar só até quando você enjoar de ser dono deles.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Você já esteve apaixonado? Horrivel não é? Te deixa vulnerável.
Te abre o peito e te abre o coração e quer dizer que alguém pode entrar em você e te detonar por dentro.
Você constrói todas essas defesas.
Constrói uma armadura completa, e por anos nada pode te machucar, aí­ uma pessoa estúpida, nada diferente de qualquer outra pessoa estúpida caminha para dentro da sua vida estúpida… Você dá a essa pessoa um pedaço de você.
Essa pessoa não pediu por isso.
Essa pessoa fez algo besta um dia, como te beijar ou sorrir para você, e aí a sua vida não é mais sua.
O amor toma reféns. O amor entra em você.
Te come por dentro e te deixa chorando na escuridão, e frases simples como “talvez devêssemos ser apenas amigos” ou “nossa, que perspicaz” se transformam em farpas de vidro movendo-se para dentro do seu coração.
Dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente.
É uma dor na alma, uma dor no corpo, uma dor do tipo que-entra-em-você-e-te-arrebenta. Nada deveria ser capaz de fazer isso.
Especialmente o amor.
Eu odeio o amor"

Neil Gaiman, Personagem Rose Walker in The Sandman #65



Sei que já postei isso a uma outra vez, mas acho que nunca me foi tão verdadeiro... Não sei se irá ler meu caro. Mas de qualquer forma foi para você, essa sacerdotisa vai sentir falta do seu oráculo.

domingo, 17 de agosto de 2008

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Pablo Neruda

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

[Só um desabafo...]

Quando eu lhe dizia me apaixono todo dia, é sempre a pessoa errada...

Acho que a minha maior “virtude” (rs*) é sempre me apaixonar pela pessoa errada, de uma forma ou de outra, sempre a pessoa errada.

Os que realmente não prestam e mentem para mim. Os problemáticos. Os que nem sabem da minha existência. Caras com namorada e afins.

Não sou, nunca fui, la female fatale, mas gostaria de ser mais do que sempre a a inteligente,bonita e com personalidade, (poxa, uma uma mina que joga rpg, videogame, entende de HQ) mas que apenas serve como uma boa amiga

Mas chega se a um ponto em que a autoestima é dilacerada com as comparações absurdas, como será que se eu fosse a mulata exuberante, ou a loira burra e gostosa eu estaria mais próxima de encontrar a outra metade, será???

Todas perspectivas doem, o saber que o que sou não é adimirado, por estar fora de qualquer padrão, gorda demais, magra demais, alta demais baixa demais, quanto saber que para me tornar "o que se deseja" são necessárias mudanças, em um momento em que se está feliz com o que se é, em um momento que não se está disposta a mudar.

Dói saber que não se é o querido de ninguém, que você não povoa os sonhos de mortal algum, dói saber que eu ainda desperdiço meu tempo tentado me apaixonar, procurando por amor... Mesmo sabendo que no final, mais uma vez vou acabar novamente dilacerada, e em quanto todo mundo ganhar alguma coisa eu irei ganhar mais uma pedra.

sábado, 9 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Se há o fim, que se deixem romper
as barreiras contidas entre os véus,
que se cravam qual navalhas em golpes,
nas feridas esquecidas do adeus.

“Is chorar das flores as pobres
que se partem em teus dedos?
Choras também então aquelas
que sofrem por teus segredos.”

Ah, que eu sempre busquei o erro!
Sem pensar me atiro as desgraças.
Masco pedras sujas para quebrar os dentes
e busco a dor pra calar estas mágoas.

“Se te fiz mal mais mal me fiz
e se permitires farei ainda mais.
O que esperar além disso daquele
que rema ao fundo do vil e voraz?”

Não há o que faça entender,
o que se escreve na escura névoa nos sonhos,
em que meninas cercadas de anjos
sempre abraçam o mal dos demônios