domingo, 30 de setembro de 2007

[ Transição ]

Eu to numa espécie de transição, não sei direito do que nem pra onde, mas sei que estou indo na direção que se mostrará melhor pra mim. Também sei que ainda cometo os mesmos erros de virginiana idiota, que ainda não consegui neutralizar, dentro de mim, talvez nunca consiga, enquanto isso sigo correndo contra a chuva, tentando a cada dia ser um pouco melhor.

São muitas desculpas que eu esqueço de pedir, muitos obrigados que eu esqueço de falar, muitos pensamentos e comentários de que me arrependo.
E a atitude que acaba me consolando é a menos ética e mais patética possível, mas é a que funciona: eu olho ao redor e vejo que eu poderia ser bem pior. E vejo que mesmo tropeçando e me escondendo, eu tô construindo alguma coisa aqui. Não sei direito o que vai ser, e nem confio plenamente nas bases onde tô apoiando a estrutura, mas a gente tem que pagar pra ver, não é?

As vezes, também me bate uma sensação de Outsider e eu de repente não me sinto em casa na cidade em que moro desde sempre, ou no meio de amigos com quem compartilhei bons momentos. É um sentimento que dura pouco, mas incomoda. A ambigüidade machuca, tudo isso justamente neste momento onde me encontro mais produtiva, usando os neurônios que ainda funcionam, quando eu tô mais à vontade comigo mesma e enxergando coisas boas mais pra frente.

Mesmo me mostrando forte, e o sorriso amarelo não parecendo tão amarelo, às vezes eu acho que tudo é muito complicado, mesmo quando a gente tenta fazer com que fique simples. E a vontade que eu tenho é de não existir. Entrar na minha concha, dormir no quentinho das minhas cobertas e não acordar nunca mais. Um pouco é reflexo da minha preguiça e covardia. Todo mundo, ou pelo menos muita gente, deve ter esses pensamentos. E alguma coisa sempre mantém a gente seguindo em frente. No meu caso, deve ser aquilo que eu gosto de definir ingenuamente como otimismo, aquele sussurro que me diz que ainda vai ficar tudo bem. Não sei como nem onde, mas essa é uma das poucas coisas, senão a única, em que eu tenho fé.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

[ Preciso ]



Preciso mais de mim;
de mais tempo pra estar comigo;
mais infinito particular que universo ao meu redor;
ser mais centro e menos arestas;
mais dona da bola que reserva;
mais situations que sitting, waiting, wishing;

Ser mais cabeça e menos coração;
mais pai do que mãe;
mais cold water que i remember;
ser mais realista que sonhadora;
mais teatro que televisão;
mais where i end and you begin que creep;
mais final distance que you make me want to be a woman;
mais egoísta que mão-aberta;
mais deixa assim que contestadora;

Mais bloco do eu sozinho que ventura;

Mais pé-no-chão que idiota apaixonada;
mais meio amargo que ao leite;
mais andrea doria que giz;
mais produção acadêmica que poesia;
preciso ser mais Kelly que Liz.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

[ Pensando, Sentindo ]


As vezes penso em ti
Antes e depois de dormir
..
As vezes me machuco
Engolindo frases que eu deveria dizer
..
As vezes quando estou contigo
O tempo torna-se meu inimigo
..
As vezes eu ligo
A vontade de escutar tua voz
..
As vezes eu minto
O que realmente sinto
..
As vezes eu sumo
Mas não por muito tempo
..
As vezes eu choro
Não sei lidar bem com a saudade
..
As vezes é maior que eu
Não sou forte pra suportar
..
As vezes meu amigo
Eu quero ser mais que um amigo
..
As vezes
Tantas vezes, quantas vezes mais?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

[ É quarto crescente, e eu já venero a lua cheia. ]

É quarto crescente e eu já venero a lua cheia. Um final de semana de noites lindas, mas... eu sozinha, o silencio da casa que me faz pensar, um momento de paz, à noite tudo faz sentido, no silencio não ouço meus gritos.
Paz em que ouvi minha alma , não que ela tenha me dito algo de novo, algo que eu já não
saiba, a única coisa que ela fez foi implorar por um caminho o mais rápido possível, ela já se cansou de sofrer, quando só o que se quer é um final feliz, hoje nem mais isso ela quer, hoje apenas um fim já seria suficiente, qualquer que seja, onde possa se findar essa solidão e essa dor que assola.
Antes eu tinha uma impressão que para ser feliz era necessário ser algum tipo de pessoa especial, hoje eu tenho certeza. Eu só queria saber por que a coisas na minha vida não podem dar certo, por mais que eu me esforce estou sempre sozinha, sempre sofrendo.
Por mais que eu faça, nunca consigo me ajusta as coisas, as pessoas, ao mundo, eu sempre estou sobrando,sempre, como se minha presença nunca fosse desejada.
Fico tempo inteiro buscando, implorando por uma parcela de amor, um gesto de carinho, onde eu possa ver que alguém lembrou de mim, de que por uma ínfima parcela de tempo eu fui importante pra alguém, já que a muito eu deixei de ser importante pra mim, hoje pra mim tanto faz tanto fez acordar amanhã, o melhor seria se eu não acordasse.
Na verdade se eu não acordasse amanhã não faria diferença pra ninguém e eu acho que é isso que mais magoa quer um exemplo, eu estou escrevendo, desabafando, num blog, a qual ninguém lê, por que não tem uma única pessoa com quem eu possa conversar, uma única pessoa que queira, que possa me ouvir, Como dói pensar nisso...
A trilha sonora dessa noite combina perfeitamente com meu estado de espírito...Coltrane , não sabia o quanto eu gosto de Jazz, por sinal é o que eu mais ando ouvindo de uns dias pra cá, não sei porque, talvez porque sempre deixasse transparecer uma parcela de melancolia nas músicas.
Agora só me resta, tomar os meus remédios, deitar na cama, e pensar comigo mesma, ‘tomara que eu não acorde amanhã’ que sabe o “Cara” não resolve ouvir meu pedido.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

[The Wind of changes]

Se é que existem deuses, Ártemis me deu um presente lindo hoje: a lua está perfeita assim, irônica, grande e linda - só pra reforçar. Assim, cortada, parece um daqueles vadios da madrugada com seus ternos e sapatos brancos e seus chapéus jogados de lado, naquele estilo sambista de antigamente, dançando juntinho e com um meio-sorriso nos lábios.
A lua essa inconstante, sempre a mudar sua forma, seu contorno, me faz lembrar que a vida é feita de mudanças... e mais uma vez... pra mim é hora de mudar, não que seja uma mudança radical, mas de qualquer forma, é hora de priorizar algumas coisas, resolver outras tantas, e por fim esquecer...
Enfim é hora de mudar , de me conformar com o que não tenho, ou lutar pelo que eu quero... mas o único problema é que eu não sei se vale tanto a pena assim lutar, não quero perder essa batalha, não sei perder, não entro numa guerra pra perder e o que é a vida além de uma seqüência de combates?? Então que jorre sangue, tinja a formosa lua de vermelho, e que esse sangue não seja o meu.

Ps:
welcome back, the sour, melancolic and ironic girl! O_o

terça-feira, 18 de setembro de 2007

[E o resto, não sei dizer]

Acho (tenho certeza) que meus (poucos) leitores a uma altura dessa, se é que resta algum, (é ninguém costuma comentar, sabe.) já devem estar de saco cheio das minhas lamentações, eu sei, já me disseram, eu estou me tornado enfadonha, mas é que ando com muita vontade de escrever nesses últimos tempos, escrever meus desabafos insanos, incoerentes, como já disse algumas vezes, pode ser que seja culpa da insônia, do remédio, das constantes crises de enxaqueca, da depressão ou o mais provável, da dor triste que se alojou dentro de mim.
E a vida vai andando assim: ninguém entende, uns não respeitam, uns se melindram, uns soltam frases às 10 da manhã que vão ecoar na cabeça pelos próximos 10 anos. Uma coisa que não pode ser recuperada é a palavra depois de proferida. Palavras são mais mortais do que qualquer outra arma, já que essas matam a alma.
Sempre pensei que minha alma havia morrido conforme meu coração endurecia e virava pedra, mas da mesma forma, que o meu coração de pedra continuou a ser um coração, frio e por vezes insensível mas que ainda era capaz de amar (da minha forma torta mas... ) minha alma ainda vive, ainda é capaz de sentir o que é dito a ela.
Algumas coisas são uma espécie de conhecimento inato, nós sabemos, mas é muito mais confortável ignorar aquela verdade, até que chegue um momento que essa verdade é esfregada em nossas caras.
Eu sei que nunca fui uma pessoa boa, tenho mais defeitos do que qualidades, e eu sempre soube disso, só o que eu não sabia era o quanto eu , sem querer, faço mal as pessoas, o quanto eu posso ser daninha. Não sabia até que isso me foi dito...por quem eu não esperava.
Nunca consegui me ajustar, sei lá, me sentir parte de um grupo, de uma família, sempre creditei isso ao meu horrível gênio, mas não é só isso...não consigo me ajustar por que nasci pra ficar sozinha, por mais que insista, e que as coisas estejam indo bem, algo acontece e eu acabo sozinha novamente.
Uma verdade dura, mas ainda sim uma verdade imensurável.
Dessa vez meu sorriso era sincero, e sou tão cínica às vezes, o tempo todo, mas eu estou só tentando me defender, diga o que disserem leitores, o mal do século é a solidão. Eu esperando por um pouco de afeição. Você pode estar pensando, (disso tenho certeza) que eu sou exagerada, que estou dramatizando, mas você deve ter alguém a quem abraçar, alguém a quem você possa esperar.
Eu não tenho.

sábado, 15 de setembro de 2007

[Torna-te aquilo que és... ]

Por que só as coisas horríveis nos fazem pensar... hoje um cara pulou na frente do metrô... foi no sentido contrário ao meu, o pior nem foi isso, já que eu só ouvi os grito das pessoas, mas o pior de tudo são os comentários, do tipo, “agora vai todo mundo chegar atrasado em casa...” ou “suicidas são covardes que vão queimar no inferno...” Puzt, será que ninguém se deu conta de que uma pessoa morreu ali?? Ou o que será que o fez pular na frente do metrô?
Eu sou absurdamente mórbida, eu sei, mas a indiferença sinceramente é pior... Ai eu voltei pra casa me perguntando, “e se fosse eu no lugar daquele cara??” quantos milhões de vezes eu já não pensei no ato, será que faria diferença, além de que alguém perder o início da novela das oito, por que uma louca se atirou no trilho do metrô?
É tão triste pensar nisso... mas o pior que é verdade, digamos que voltei ao modo depressivo, é a insônia que além de me levar o sono me faz pensar, é a solidão que me consome, é a certeza de que a amizade, que deveria ser uma coisa importante, hoje não tem mais valor.
O numero de amigos que eu tenho, é cada dia menor e a tendencia é diminuir mais, eu já os conto numa mão só e ainda sobram dedos, é engraçado como uma pessoa pode significar tanto pra você, tipo você faria tudo, você sangraria, FELIZ, por ela se fosse necessário, e em troca você recebe... deixa pra lá.
Acho que isso deve ser o meu lado masoquista falando mais alto, o lado que sempre encontra os amigos errados, que só querem te usar; que se apaixona, e não é corespondida, e depois passa séculos sofrendo por amor.
Incoerente, depressiva com sempre, acho que não sou lá boa companhia... mas acho que esse post era só pra sei lá, colocar meu desencanto com a vida, com as pessoas, com o mundo em si, mas isso passa, sempre passa...ou nos acostumamos, ou ainda podemos pular na frente do metrô.
Acho que não quero mais ser quem eu sou...

Via Láctea
Legião Urbana
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
e quando chegar a noite
cada estrela parecerá uma lágrima
queria ser como os outro
se rir das desgraças da vida
ou fingir estar sempre bem
ver a leveza das coisas com humor
mas não me diga issoe só hoje e isso passa
só me deixe aqui quieto
isso passa
amanha é um outro dia não é
eu nem sei porque me sinto assim
vem de repente um anjo triste perto de mim
e essa febre que não passa
e meu sorriso sem graça
não me dê atenção
mas obrigado por pensar em mim
quando tudo está perdido
sempre existe uma luz
quando tudo está perdido
sempre existe um caminho
quando tudo está perdido
eu me sinto tão sozinho
quando tudo está perdido
não quero mais ser quem eu sou
mas não me diga isso
não me dê atenção
e obrigado por pensar em mim

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

[Viver é foda, mas morrer anda dificil]

Viver é foda e morrer anda dificil ultimamente, sabe... uma péssima fase, onde nada dá lá muito certo, mas desgraça pouca é bobagem, eu já não aguento mais chorar... Primeiro a sociedade bizarra que me foi imposta( saca algo que envolve pés e bundas), onde pra variar eu me fodi (bem não vem ao caso, e eu também não quero falar sobre isso.) Depois, a certeza de a amizade não vale mais nada, bem ao menos assim aqueles a quem, eu chamava de amigo pensam, eu não tenho cara de mula pra ficar levando "pseudo-amiga" nas costa( bando de fura-olho, puxa tapete). Pra completar perdi todas as minhas amostras de sesbania, a qual eu devia analizar, tradução fodeu de vez meu trabalho de 6 meses, da iniciação ciêntifica. E o que eu fiz...liguei o fodometro no máximo e comecei de novo, e lá vamos nós, depois de queimar um filme de 24 poses, e com as explicações de uma certa pessoa (moço valeu mesmo). consegui tirar as fotos das minas platinhas, ficaram boas, eu to mó orgulhosa de mim... Então eu fico assim, dizendo foda-se pro mundo todo, menos pra queles que eu ainda acho que valem a pena, e ainda chamo de amigos. Antes que me perguntem, coração despedaçado e fechado pra balanço por tempo indeterminado.
Agora meus bebês sesbanias

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

[Só uma coisinha pra matar o tempo...]

Se há o fim, que se deixem romper
as barreiras contidas entre os véus,
que se cravam qual navalhas em golpes,
nas feridas esquecidas do adeus.

“Is chorar das flores as pobres
que se partem em teus dedos?
Choras também então aquelas
que sofrem por teus segredos.”

Ah, que eu sempre busquei o erro!
Sem pensar me atiro as desgraças.
Masco pedras sujas para quebrar os dentes
e busco a dor pra calar estas mágoas.

“Se te fiz mal mais mal me fiz
e se permitires farei ainda mais.
O que esperar além disso daquele
que rema ao fundo do vil e voraz?”

Não há o que faça entender,
o que se escreve na escura névoa nos sonhos,
em que meninas cercadas de anjos
sempre abraçam o mal dos demônios

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

[Todo mundo ganhou alguma coisa. E eu uma pedra...]

Num momento de epífania alcoólica, ao estilo Amy Winehouse (encher a cara,e depois chorar bebada, não que eu tenha bebido além de uma garrafa de vinho, mas eu sou fraquinha mesmo). Comecei a me perguntar, será que é necessário algum super poder para se tornar importante para alguém, sei lá, para alguém lembrar da sua efêmera existência?? Isso é uma duvida imensa, já que para mim não precisa muita coisa para eu gostar de alguém, sabe, é tão fácil gostar, amar, então por que é tão difícil ser gostado, ser amando.
Sei lá eu se é pedir demais, Hoje foi meu aniversário, não que eu esperasse muita coisa, eu nunca espero mesmo, na verdade eu não espero muito da vida, pra mim ela já deixou de fazer sentido há muito tempo, só estou aqui fazendo “hora-extra”, mas mesmo assim, acabamos esperando o mínimo de consideração das pessoas, mesmo sabendo que as pessoas são más e apenas querem te usar, e depois te descartar. Eu não sou assim, esperava que existissem pessoas que também não fossem .
Acho que não custa muito, pegar um telefone, discar um numero, só pra dizer um parabéns, não que apenas isso salvaria o mundo, mas tenho certeza que confortaria algumas almas, hoje confortaria a minha.
É tão difícil assim ser importante pra alguém, quando esse alguém é tão importante pra você ? acho que sim...de tanta gente que eu conheço, e olha que eu conheço gente pra caramba, quantas convivem comigo? a quantas eu chamo de amigo? e menos ainda a quantas eu dediquei o meu amor (o que eu sei, não é grande coisa)? quantas dessas, só por um instante, lembraram de mim hoje, antes de virar pro lado e dormir novamente?.
Tenho a impressão (na verdade a certeza) de que eu não valho tanto assim, menos talvez do que um pulso telefônico (ou seja lá a maneira que a telefônica esta cobrando as ligações, e que deus amaldiçoe a telefônica!!) já que era isso que custaria pra me dizer um simples, feliz aniversário.
Eu já tinha profetizado que ninguém lembraria mesmo, então eu ainda estou no lucro! Algumas poucas almas (pras ser exata 3) lembraram desse dia. Luis Fabrício, que entrou na minha vida há tão pouco tempo, mas tem se mostrado um grade amigo a que eu quero muito bem, como quero bem a um irmão. Ligia, eu não preciso nem dizer, ela inclue todos os “etc...” necessários a uma melhor amiga. E alguém que, a muito, eu imaginei que tivesse saído da minha vida, mas agradeço aos céus por ter me enviado esse anjo da guarda, André Luis, apesar de todos os pesares, meu amigo, sua foto continua e sempre vai ficar no lugar onde sempre esteve, e valeu pelo porre, eu precisava disso.
Terminando esse post por aqui, não quero que, quem venha ler isso, pense que eu estou revoltada por não ser retribuída em meus sentimento, não longe disso, esse post foi só uma tentativa de colocar pra fora essa dor triste que me consome, antes que nada mais sobre da minha alma.

PS: Mais um por do sol, magnífico e solidário me aguarda, as cerejeiras estão em flor, e provavelmente, as flores devam ficar tingidas de sangue e caírem essa semana... Ah, que puxa!

PS2: Titulo do post não tem nada a ver, é só uma referencia ao Charlie Brown, pra não perder o hábito

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

[ A eminencia de mais um aniversário ]

A luz de um momento, o céu mistura tons de vermelhos e azuis. O jogo de luz e sombra compõe a poesia do entardecer. O sol se põe por traz das arvores, iluminado o lago, onde bailam as ninféias em flor. A muito eu não vejo um por do sol tão belo quanto esse, a muito eu não assisto um por do sol e me sinto tão triste.
Eminência de mais um aniversário me deixa pior do que já estou....provávelmente mais um aniversário que só eu vou me lembrar...mas por que querer ser importante para os outros , se você pode ser importante pra si mesmo, o problema é quando você deixa de ser importante pra si, e um ano a mais já não tem a menor importância.
A insônia me consome, me faz pensar no que não devia, em quem não devia pensar. E eu me odiando profundamente, por saber que as coisas estão erradas mas mesmo assim não conseguir mudar, por sempre cometer os mesmos erros.
O por do sol foi lindo e a noite perfeita, lua e estrelas no céu. Mas como já disse a insônia e a solidão, tomam conta de mim... quantas vezes eu já prometi pra mim que não iria sofrer por amor, mesmo??? quantas vezes eu prometi que faria diferente, que não deixaria minha vida continuar a ser um amontoado de coisas e acontecimentos errados.
Eu poderia me contentar e ficar feliz por meu lugar cativo no sub solo do fundo do poço, me acostumar, eu e meus pensamentos niilistas, incoerentes. Mas é que essa semana eu tô ficando mais velha, e nada vem melhorando, e sim, tende a piorar.
Vou terminando por aqui, incoerência e niilismo demais, ando mais estranha e deprimida do que o normal, Só tem uma coisa que eu quero, o meu milagre de aniversário, todo mundo não tem direito a um, uma vez ao ano??? mas acho que não dá,não basta só eu querer, não depende de mim... Agora chega, só volto depois do maldito aniversário, que só eu irei me lembrar, como sempre, então: “ parabéns pra mim, já que eu sou mó fudida, parabéns pra mim já que eu sou me fodo nessa merda”.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

[Eu não queria perder...]

Te deixar

É tão estranho o seu coração
Batendo perto do meu
É tudo que eu sempre quis
Com quem eu sempre sonhei
Hoje eu pensei em te deixar
Só pra poder reconquistar
Pensei em te abandonar
Só pra poder sofrer

Eu tô num jogo que eu não sei jogar
Não sei as regras e nem sei como ganhar

Se você me deixar não vou aproveitar
Nem mais um minuto sem você

Eu não queria perder...
_______________________

Eu sumi, sumo e vou sumir mais um pouco, é da minha natureza essa de andar sempre meio na escuridão. Não me incomodo, juro! Sou até bem feliz quando não chamo atenção. O foda é que isso tá ficando difícil. O foda é que eu comecei a ser cobrada de uma forma que não agradaria ninguém (e não me agrada também). Tô cavando a minha solidão sim, pessoas. Estou cavando, sei que é errado, sei que amigos são necessários, mas não consigo mais. Acho que cansei de todos os degraus até alguém virar amigo. Nao me leve a mau, mas agora eu quero mais é colocar a cabeça no travesseiro e parar de ter pesadelos. Eu não peço que me entendam, peço que me respeitem. Ah, estarei intolerante à chantagens emocionais, terrorismos e falta de educação. Obrigada.

[O que você faria se só lhe restasse esse dia?]

Talvez, falaria todas as verdades que sempre foi incapaz de pronunciar por medo de não ser aceito em determinados locais, ou por medo da própria voz ecoando ao nada que perceberá ser sua vida...
Ou talvez enlouqueceria de saber que nunca foi ninguém, e a parti daquelas próximas 24 horas não será mais nada, nasceu como nada, e morrerá mais uma vez como um nada. Talvez engasgue com sua própria saliva, ao tentar enrolar sua língua mais uma vez numa subta tentativa de dizer mais uma mentira a você mesmo, enquanto não consegue cuspir as verdades que lhe cerca.
Sua mente poderia ruir com a lembrança de ter perdido tudo aquilo que achava que valesse a pena em sua passagem terrena, ou ainda pior...
Continuaria da mesma maneira que esta.. achando que a medíocre vida que leva seria a vida certa a ser levada...
Amaldiçoado seja minha carne por levar contigo uma alma tão imunda e pegajosa...

domingo, 2 de setembro de 2007

[ Em mil pedaços...]

Mas um post pra reclamar da vida, se bem que eu não ando lá muito inspirada, ou melhor , penso em várias coisas que poderia dizer, mas na hora de escrever me some tudo...P.Q.P.
Acho que a uma altura dessa, se você se deu o trabalho de ler o post abaixo, onde eu faço ode a um antidepressivo, e se me conhece o mínimo, já percebeu que eu voltei ao meu estado normal, o sub solo do fundo do poço.
Quantas vezes eu prometi que faria diferente? que me esforçaria para melhorar, e fazer tudo direitinho, e que assim eu encontraria a felicidade, o paraíso, Shangrilá ou seja lá com você queira chamar .
Não posso dizer que não tentei sair desse quarto escuro na qual eu vivo, se ao menos eu não soubesse que lá fora existe luz...mas essa luz não é pra mim.
E mais quantas vezes jurei não chorar e sofre por amor? Eu sei que não vale a pena, minhas historias já tem final, “e a Liz (ou Kelly se preferir) se fudeu mais uma vez.”, e eu me fodo das mais variadas formas possíveis, e sempre acabo com o coração em pedaços...
Eu vou lá pacientemente ( isso leva muito tempo), junto os cacos que sobraram, colo, e meu coração está lá de novo,mas cada vez mais frio, já que ele virou um coração de pedra..E novamente vi meu coração, de pedra mas ainda um coração, em mil pedaços. Só que dessa vez eu não tenho a menor vontade de juntá-los.
Seria cômico se não fosse trágico, se não se tratasse da minha vida, como o tempo é relativo...tão pouco tempo se passou e não me lembro de ter ficado nesse estado lamentável por ninguém, é eu nunca fiquei nesse estão por ninguém , e olha que fossa, dor de cotovelo e fundo do poço são minhas especialidades.
O pior é pensar, que não há o que se possa ter feito, nada depende de mim...estou vendo o que me fazia feliz partir, e eu só posso olhar chorar a perda...só eu sei a falta que o Lobo faz, só saber que eu iria ouvir tua voz me fazia feliz...agora nem isso eu tenho.
Antes que eu me perca pelos labirintos da minha insanidade, num súbito lapso de lucidez, vou terminar esse post .
PS1:
“Eu que já não sou assim,muito de ganhar
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz só pra viver em paz.”
PS2:
Pior do que ser Charlie Brown e não encontrar a garotinha ruiva, é ser Charlie Brown perder a garotinha ruiva. sem dupla interpretação, viu!
PS3:
Cara eu ando mais estranha que o normal por esses dias.

sábado, 1 de setembro de 2007

[ Ode ao Prozac ]

Soneto de separação

Vinicius de Moraes


De repente o riso fez-se pranto.
Silencioso e branco, como a bruma.
E das bocas unidas fez-se espuma.
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento.
Que dos olhos desfez a última chama.
E da paixão fez-se o ressentimento.
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente.
Fez-se de triste o que se fez amante.
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-sedo amigo próximo, o distante.
Fez-se da vida uma aventura errante.
De repente não mais que de repente.
_____________________________________

Por que algumas historias não pdem ter final feliz? algumas historias não terminam com "... e viveram juntos e felizes para sempre". E o que fazer??
Já sei nosso problemas acabaram, podemos comprar nossa "felicidade", quanto custa mesmo uma caixa de Prozac??? PROZAC 20mg caixa 14 capsulas, R$64.65.
Pronto felicidade instantânea!e essa vai durar até quando...a caixa do prozac acabar, então o que faremos? Quando nos dermos conta de que estamos sozinhos, de que por mais que façamos o amanhã é escuridão, compramos outra caixa de Fluoxetina, oras! e assim vamos vivendo nossa grande mentira.
Putz o efeito tá passando, acho que vou aumentar a dose...mas se você fizer isso eu não posso ter uma overdose? sem ele eu posso escolher lençol no pescoço ou pulso cortado? com o remédio ou sem ele, mais dia ou menos dia eu vou acabar morta mesmo, qual é a diferença?
mas enquanto isso não acontece...Viva o Prozac! Viva a fluoxetina! Viva todos os inibidores seletivos da recaptação da serotonina!
Viva!

PS:
Sopra leve, a brisa leste encrespa o mar...
e eu ainda te espero voltar....

Olha... sei lá se você vai ler isso, mas de qualquer forma, o Ps e o soneto foram escritos e postados pra você, o resto do post não...de qualquer forma... Não esquece te desejo toda luz, sucesso e o amor que houver nessa vida pra você...