quinta-feira, 13 de setembro de 2007

[Só uma coisinha pra matar o tempo...]

Se há o fim, que se deixem romper
as barreiras contidas entre os véus,
que se cravam qual navalhas em golpes,
nas feridas esquecidas do adeus.

“Is chorar das flores as pobres
que se partem em teus dedos?
Choras também então aquelas
que sofrem por teus segredos.”

Ah, que eu sempre busquei o erro!
Sem pensar me atiro as desgraças.
Masco pedras sujas para quebrar os dentes
e busco a dor pra calar estas mágoas.

“Se te fiz mal mais mal me fiz
e se permitires farei ainda mais.
O que esperar além disso daquele
que rema ao fundo do vil e voraz?”

Não há o que faça entender,
o que se escreve na escura névoa nos sonhos,
em que meninas cercadas de anjos
sempre abraçam o mal dos demônios

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