sábado, 15 de setembro de 2007

[Torna-te aquilo que és... ]

Por que só as coisas horríveis nos fazem pensar... hoje um cara pulou na frente do metrô... foi no sentido contrário ao meu, o pior nem foi isso, já que eu só ouvi os grito das pessoas, mas o pior de tudo são os comentários, do tipo, “agora vai todo mundo chegar atrasado em casa...” ou “suicidas são covardes que vão queimar no inferno...” Puzt, será que ninguém se deu conta de que uma pessoa morreu ali?? Ou o que será que o fez pular na frente do metrô?
Eu sou absurdamente mórbida, eu sei, mas a indiferença sinceramente é pior... Ai eu voltei pra casa me perguntando, “e se fosse eu no lugar daquele cara??” quantos milhões de vezes eu já não pensei no ato, será que faria diferença, além de que alguém perder o início da novela das oito, por que uma louca se atirou no trilho do metrô?
É tão triste pensar nisso... mas o pior que é verdade, digamos que voltei ao modo depressivo, é a insônia que além de me levar o sono me faz pensar, é a solidão que me consome, é a certeza de que a amizade, que deveria ser uma coisa importante, hoje não tem mais valor.
O numero de amigos que eu tenho, é cada dia menor e a tendencia é diminuir mais, eu já os conto numa mão só e ainda sobram dedos, é engraçado como uma pessoa pode significar tanto pra você, tipo você faria tudo, você sangraria, FELIZ, por ela se fosse necessário, e em troca você recebe... deixa pra lá.
Acho que isso deve ser o meu lado masoquista falando mais alto, o lado que sempre encontra os amigos errados, que só querem te usar; que se apaixona, e não é corespondida, e depois passa séculos sofrendo por amor.
Incoerente, depressiva com sempre, acho que não sou lá boa companhia... mas acho que esse post era só pra sei lá, colocar meu desencanto com a vida, com as pessoas, com o mundo em si, mas isso passa, sempre passa...ou nos acostumamos, ou ainda podemos pular na frente do metrô.
Acho que não quero mais ser quem eu sou...

Via Láctea
Legião Urbana
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
e quando chegar a noite
cada estrela parecerá uma lágrima
queria ser como os outro
se rir das desgraças da vida
ou fingir estar sempre bem
ver a leveza das coisas com humor
mas não me diga issoe só hoje e isso passa
só me deixe aqui quieto
isso passa
amanha é um outro dia não é
eu nem sei porque me sinto assim
vem de repente um anjo triste perto de mim
e essa febre que não passa
e meu sorriso sem graça
não me dê atenção
mas obrigado por pensar em mim
quando tudo está perdido
sempre existe uma luz
quando tudo está perdido
sempre existe um caminho
quando tudo está perdido
eu me sinto tão sozinho
quando tudo está perdido
não quero mais ser quem eu sou
mas não me diga isso
não me dê atenção
e obrigado por pensar em mim

Um comentário:

Anônimo disse...

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas.