quinta-feira, 11 de setembro de 2008

[Ode a um coração partido]


O amor é uma coisa estranha não? É uma coisa que acontece sem você querer, sem você planejar, um dia de uma hora pra outra você tem um insight e se da conta de que aquela pessoa é “A Pessoa”, e que você já não é mais senhor das suas vontades e pensamentos.

E pensamentos geram palavras, e essas chegam na garganta e chegando ali sufocam... Necessitam serem ditas ou vomitadas, o que vier primeiro. Palavras ditas às vezes são ouvidas, e convencionalmente respondidas, e esse justamente é o ponto.

Apenas duas respostas são possíveis, E pode ser ou não o que gostaríamos de ouvir. E a partir daí sofremos, não só pelo amor alvo do nosso amor, mas também por saber que esse amor não é uma coisa possível. Ou se descobre que a outra parte também te ama, nada pode ser tão mágico quanto isso.

Tudo parece diferente, tudo ganha novas cores, novos sabores, até mesmo o tempo passa a correr de uma forma diferente, o mundo gira mais devagar. Somos felizes pelas coisas mais tolas, coisa que nos fazem lembrar da pessoa amada. O céu estrelado, encontrar gostos em comum, o som da voz, o cheiro do cigarro que ela fuma. A simples “presença”, mesmo que a quilômetros de distancia te deixa feliz, os mínimos defeitos são vistos como enormes qualidades... Passamos o dia preparando o coração, para aquela ínfima parcela de tempo dedicado àquela pessoa. Quanto mais a hora se aproxima, mais feliz nosso coração fica.

Não se pede nada em troca de um amor, nem mesmo paixão de volta, talvez apenas que esse seja recebido, nada além de uma chance de se provar que esse amor é uma coisa verdadeira e que pode sobreviver, mesmo com todas as dificuldades, mesmo com a distância, tudo é ofertado de bom agrado.

Mas às vezes de forma súbita descobre-se, que esse amor dedicado não pode mais ser recebido, a razão... Nenhuma razão pode ser boa o suficiente. Também de súbito é como se todas as estrelas do céu se apagassem. Quando antes nem a sua própria morte poderia acabar com a minha alegria, agora creio que nem mesmo a própria morte poderia dar fim a minha tristeza.

Me perdoe por te amar. Me perdoe por te dizer. Me perdoe por não poder esquecer. Mas ainda sim vou cumprir minha palavra.

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