sábado, 27 de dezembro de 2008

[O balanço do ano]

Há 366 dias atrás eu estava fazendo exatamente a mesma coisa que estou fazendo agora (366 dias por que 2008 foi ano bissexto), o balanço do ano.

Mas falando do passado, eu prometi para mim mesma que esse ano seria diferente, que tudo seria diferente, e realmente foi diferente, mas não da forma que eu planejei, mas da forma que as coisas aconteceram, as famosas voltas incontroláveis do mundo.

Foi um ano cheio de tristezas e alegrias, mas antes de qualquer coisa foi um ano de amadurecimento, não da forma bruta como ocorreram das outras vezes, mas sutis onde eu tive tempo suficiente para digerir toda a informação.

Novamente entrei e sai de depressões, até finalmente me convencer de que Fluxetina pode ser sim sua companheira mais fiel, e não ter vergonha de admitir isso. Esse foi o ano em que aprendi as lições mais importantes da minha vida, pessoas podem ser piores do que se imaginava, e que se pode esperar absolutamente tudo delas. Mas existem amigos fieis e verdadeiros onde menos se imagina (se bem que isso e já sabia).

Me dei conta de que algumas certezas não são tão certas assim, e o que se quer não é verdadeiramente o que se deseja (pensamentos diarinhos novamente, algumas coisas nunca mudam).

Aprendi a beber (Sim cerveja é infinitamente melhor do que aula de zoologia), cortei o cabelo, decidi a trabalhar (agora de verdade, numa coisa nada a ver com a que eu estudei), me formei na facul, descobri que amor nem biologia não enchem barriga, e decidi fazer outra graduação.

Pseudonamorei alguém por quem não estava apaixonada só por falta do que fazer, tive recaídas por drogas de 1,84. me apaixonei cegamente, da forma mais tola, entreguei minha alma confundindo com amor, a cegueira passou e me dei conta que minha alma continuava sendo só minha, já que essa não é uma coisa que possa ser dada, mas no máximo compartilhada. Finalmente me livrei das drogas.Também fiz algumas coisas das quais não me orgulho muito, iludi quem não merecia. E há algumas horas atrás voltei a me sentir como uma gazelinha saltitante pelos campos verdejantes como não me sentia a muito muito tempo.

Hoje me olho no espelho e gosto do que vejo, gosto da mulher que me tornei, hoje me acho interessante, atraente, bonita, mesmo passando longe do padrão, já que me dei conta que se eu não gostar de mim primeiro e não me respeitar, ninguém irá fazer isso por mim.

Não sei se posso culpar a segunda quadratura de Saturno pelas mudanças, mas no fim das contas o que importa é que elas aconteceram.

Eu me vou, feliz pelas coisas que mudaram e pelas que chegaram ao seu fim, mas sem sentimento de saudosismo, o sentimento agora, é de esperança, de que o próximo ano seja “mágico”.

2 comentários:

Arlequina disse...

Sei que esse post tem anos, mas acho que é sempre bom receber comentários.
Eu só conheci seu blog hoje, quando descobri, acidentalmente, que você tinha me linkado, num passado distante. Obrigada.

E, não, Fluxetina não é vergonha. Eu sei que não, porque eu também acredito que Gardenal não seja.

Espero que esteja feliz e espero que esteja bem.

Arlequina disse...

Meu, agora que me lembrei, relendo comentários antigos do blog.

Eu lembrava de Paixão de Arlequim, não desse. Você era da VON! Perdoe-me a falta do reconhecer!