sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

[Fluxo de Pensamentos *Freud explica*]

Eu sou Coxinha, sempre fui e sempre soube disso. Tenho tendência pra uma infantilidade um pouco anormal, mas não reclamo, pelo menos eu ainda uso meus lápis de cor. Tenho 20 anos.
Tenho contato direto com poucas pessoas e estes contatos não costumam ser muito duradouros (estão de prova as minhas saudades que acham que eu as esqueci). Minha vida sempre foi bem corrida pra eu não ter tempo de pensar, pq pensar faz mal. As pessoas nascem, crescem, se reproduzem (ou não) e morrem e só agora eu aprendi a entender o inevitável: Finalmente estou aprendendo a rir de mim mesma, a não ter medo do futuro e a agir por impulso sem pensar logo em seguida que tem crianças morrendo de fome na Zamíbia.
Não odeio mais ninguém, mas já parei de fingir que gosto dos intragáveis. Estou aprendendo a parar de achar que sempre tem alguém me observando.
Estou ficando velha e tá aí uma das coisas que não muda nunca. Agora uso saltos, passo lápis no olho e soltei o cabelo. Agora eu olho mais pra mim que pros outros (ninguém vai entender a real desta frase)
Sou de virgem,metódica e perfeccionista até não poder mais. Meu ascendente é leão, então eu adoro mandar nas pessoas. Minha Lua é em câncer, então não grita senão eu choro.
Sinto falta de algumas coisas, e do colégio e da adolescência eu não sinto falta. Não pelas pessoas, as que merecem têm lugar no coração, mas pelo ambiente, pelas situações e pelas pessoas que eu queria que tivessem ficado, mas que se foram antes do tempo.
Tenho 6 vidas, uma eu joguei fora a mais ou menos dois anos. Eu não estou mais com medo. Finalmente entendi que estes que estão atravancando meu caminho passarão.
Eu amo Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu e Fernando Pessoa com seus heterônimos todos ["Das Ciências, (das ciências, Deus meu, das ciências!)"]. Eu amo Los Hermanos.
Eu estou em total formação e preciso de tênis novos. Eu gostava mais de ler quando preferia não pensar.
Hoje observo mais do que antes, mas penso antes de julgar. Não penso antes de agir. Como compulsivamente, mas faço Hap Ki do, mesmo faltando aos treinamentos como uma louca. Meu inglês vai morrer em 5, 4, 3... Ouço coisas demais, falo demais, perco a voz e tenho sono.
Me chamo Kelly, simples assim. Minto demais pra várias pessoas, mas pra ele não. Ele sempre consegue ler nas minhas rugas a verdade. Eu sinto ciúme e dei uma crise só, de verdade. Tá, esquece!
Eu sou brega, sou clichê e ODEIO balada. Fujo delas como diabo da cruz. Talvez seja pq é impossível ficar confortável em um lugar alcoolizado (pq até as paredes ficam bêbadas ali), quente, fechado, escuro com luzes que são o terror de nós, os fotofóbicos, barulhento e ainda por cima qd se está equilibrada em um salto maior que a sua mão (pq eu NUNCA vi uma menina de AllStar numa balada?). Me recuso a responder telefonemas e telegramas bizarros.
Eu falo pelos cotovelos e isso tem nome, mas eu já esqueci qual é. Tenho sono e não vai dar pra responder os scraps que eu queria no orkut. Quem sabe amanhã?
Sono. Tchau!

Um comentário:

Tania Capel disse...

a-d-o-r-e-i!!!
muito sincera vc!
só uma coisa: eu fui de all star na balada! mas foi em curitiba, lá vale tudo! e sou atriz, então... acho que não conta muito mesmo! rs... (eu tb falo pra caramba! rs)

beijinhos
e valeu por passar pelo meu mundinho!